O deputado Roberto Andrade (PSB) foi indicado, na terça-feira (12), para a vice-liderança do governo Romeu Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Em entrevista, o parlamentar viçosense explicou os motivos que o levaram a aceitar a indicação, embora não tenha apoiado a candidatura do atual governador nas eleições do ano passado.

Roberto Andrade disse que há, entre ele e o novo governador, uma convergência de pensamento em assuntos fundamentais para melhorar a eficiência da máquina pública estadual e retomar o crescimento econômico no estado, como a reforma administrativa, as privatizações e a renegociação da dívida pública.

“Minas Gerais atravessa a pior crise de sua história. Se não bastasse a calamidade financeira, tivemos a tragédia de Brumadinho, que vai impactar de maneira muito significativa na mineração, principal fonte de renda do estado. Agora é hora de ajudar, independentemente da filiação partidária. Minas Gerais está na UTI e precisa, urgentemente, voltar a crescer. Para isso, os deputados têm de apresentar soluções de geração de emprego e renda para a população, e eu estou fazendo minha parte”, justificou Roberto Andrade.

O deputado lembrou que a votação expressiva obtida por Romeu Zema não se refletiu nas eleições do parlamento, onde o Novo, partido do governador, conseguiu eleger apenas três parlamentares, número irrisório para aprovar qualquer projeto.

“A base de apoio ao governo era muito pequena. Por isso, ao lado de lideranças partidárias, resolvemos criar um bloco de apoio com 21 deputados. Ainda estamos longe de ter a maioria na Casa e teremos de fazer um trabalho intenso de convencimento com os demais colegas, para que as reformas necessárias, muitas delas polêmicas, sejam aprovadas”, afirmou.

Na quarta-feira (13), Roberto Andrade participou de uma reunião com os deputados da base, o governador e a equipe de governo e disse que saiu satisfeito do encontro. “Estou otimista com as propostas do governador Romeu Zema, mas não vai ser fácil aprová-las. Na reunião que tivemos, tratamos das estratégias e do cronograma de votações. Vamos trabalhar muito para poder recolocar Minas Gerais de volta na rota do desenvolvimento”.

Composição dos blocos

O bloco “Sou Minas Gerais”, de apoio ao governo, contará com parlamentares do Novo, PSDB, PPS, PP, PSC, Avante, PSB, SD e PHS. Há, ainda, mais três blocos, sendo dois independentes, “Minas Tem História” (MDB, PV, PRB, PDT, Pode e DC) e “Liberdade e Progresso” (PSD, PSL, PTB, Patri, PRP e DEM), e um de oposição, “Democracia e Luta” (PT, PR, Rede, Psol, Pros e PCdoB).

Na vice-liderança de governo, Roberto Andrade estará ao lado dos deputados Coronel Sandro (PSL), Gustavo Mitre (PSC) e Guilherme da Cunha (Novo). Os líderes de governo exercem o papel de porta-voz dos interesses do Executivo no Legislativo. São eles quem fazem a intermediação das negociações entre os órgãos da Assembleia Legislativa, os blocos partidários e o governo.

Para Roberto Andrade, o momento requer união dos parlamentares para enfrentar a crise financeira

Fonte: Assessoria de Comunicação – Roberto Andrade