Os deputados estaduais Antônio Carlos Arantes (PSDB) e Roberto Andrade (PSB), da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), se reuniram, nesta segunda-feira (08/08/2016), com a diretora de Fomento à Indústria Criativa da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Fernanda Medeiros Azevedo Machado. Os parlamentares queriam mais informações sobre o novo projeto de integração aérea regional (Pirma), lançado pela Codemig e pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop). Inicialmente, o programa vai interligar o aeroporto da Pampulha a 12 municípios mineiros.
Na ocasião, o deputado Arantes, presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da ALMG, fez questão de manifestar todo o apoio à iniciativa e solicitar estudos para que os municípios da região, como por exemplo, São Sebastião do Paraíso, Passos e Guaxupé, futuramente sejam incluídos no projeto. “Uma proposta como essa tem todo o nosso apoio, pois queremos o desenvolvimento do Estado. A nossa região, pelo porte e importância econômica, merece um atendimento como esse”, disse Antônio Carlos.
São 60 partidas semanais saindo da capital, no aeroporto da Pampulha, em direção a 12 municípios mineiros: Curvelo, Diamantina, Divinópolis, Juiz de Fora, Muriaé, Patos de Minas, Ponte Nova, São João del-Rei, Teófilo Otoni, Ubá, Varginha e Viçosa. As tarifas são subsidiadas e os primeiros voos estão previstos para o dia 17 de agosto. As aeronaves serão do modelo Cessna Grand Caravan 208, com capacidade para nove passageiros, além de dois tripulantes.
A grade de voos já pode ser consultada no site voeminasgerais.com.br. A previsão é de que a venda de vouchers comece a ser feita em agosto, após um período de testes. O sistema será o mesmo adotado pelas companhias aéreas, via e-commerce (cartão de crédito) e emissão imediata do bilhete. A tarifa média será de R$ 300 por trecho, com parte dos recursos subsidiados pela Codemig. O objetivo é garantir o funcionamento do serviço nos primeiros 12 meses até a sua consolidação. O trecho mais barato é Belo Horizonte-Divinópolis, a partir de R$ 160.
A Codemig prevê a expansão do serviço em um segundo momento para outras localidades. “Nosso objetivo é oferecer essa demanda, estimular esse consumo e dinamizar a nossa economia, buscando um potencial de ampliação já apontado em pesquisa”, diz a diretora da Codemig, Fernanda Machado. “Há regiões, por exemplo, que não há tanto interesse de voos para a capital, mas para outros pontos do estado”.
A operação a partir dos 12 destinos definidos nesta primeira etapa levou em conta pesquisa de mercado feita junto a 31 municípios. O levantamento mostrou algumas particularidades e subsidiou a elaboração da escala de voos. “Há cidades em que a maior demanda está na chegada de voos às sextas-feiras, com retorno às segundas-feiras, o que é comum no interior”, exemplifica Fernanda.
Curvelo, Divinópolis, Juiz de Fora e São João del-Rei terão frequências diárias. Em todos os destinos há a opção de ida e volta no mesmo dia. Há partidas a partir das 7 horas (Curvelo-BH, Divinópolis-BH, BH-Muriaé e BH-Patos de Minas) e último horário às 17h54 (BH-Juiz de Fora).
A diretora da Codemig ressalta que todos os aeroportos atendidos já contam com infraestrutura adequada, devidamente autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o que não exigiu investimento significativo. “Foi um processo muito produtivo”, diz a diretora. Segundo Fernanda, o transporte de cargas também está previsto no projeto, levando em consideração o porte da aeronave e as determinações da Anac. “Esta é uma maneira de garantir mais competitividade e estimular negócios no nosso estado”, afirma.
O Pirma é uma iniciativa inédita no estado. No Norte do País, o uso de pequenas aeronaves é comum, onde o acesso a algumas localidades é restrito, e o transporte regional por pequenas aeronaves revelou-se um grande facilitador. Para Minas Gerais, que possui uma área total de quase 600 mil quilômetros quadrados, o investimento na regionalização por meio do transporte aéreo é também estratégico e indispensável para atender à meta de redução das desigualdades nos 17 territórios de desenvolvimento.
Fonte: Assessoria do deputado Antônio Carlos Arantes