A defesa da regulamentação dos cassinos, bingos e do jogo do bicho é o tema do livro “A Teoria das Probabilidades no Jogo, Ciências e Políticas Públicas”, que será lançado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na terça-feira (29), a partir das 18 horas, no Plenarinho IV.
O autor é o economista Luiz Carlos Prestes Filho, que participará também, no mesmo dia, de uma audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, para discutir o tema. Essa reunião acontece a partir das 16h30, também no Plenarinho IV, logo antes do lançamento do livro.
O presidente da Comissão, deputado Roberto Andrade (PSB), é o autor do requerimento para realização da audiência pública. Para o parlamentar, o estímulo à economia é justamente o argumento mais forte em favor dessa ideia.
“Seria uma forma de gerar empregos e cultura. Há muita gente que vai a Las Vegas (EUA), por exemplo, não para jogar, mas para ver os grandes espetáculos, como o Cirque de Soleil”, afirmou.
O argumento do deputado é reforçado por Prestes Filho, que é especialista em Economia da Cultura. “Hoje, as cidades que realmente geram uma renda importante com os jogos, como Las Vegas e Macau (na China), fazem isso de forma associada à cultura e ao entretenimento. Em Las Vegas, apenas 40% dos visitantes vão lá só para jogar”, explicou o autor do livro que será lançado na ALMG.
Diversas cidades turísticas de Minas Gerais, como Araxá (Alto Paranaíba), Poços de Caldas e Lambari (Sul), já contaram com cassinos. Prestes Filho considera que hoje a tendência é regulamentar a atividade dos jogos em cidades com mais de 300 mil habitantes e grande potencial turístico. Isso não quer dizer que os municípios mineiros também não possam aderir.
“Araxá e Poços de Caldas tiveram cassinos importantes em sua época, mas é ingenuidade pensar que essas cidades poderiam ter um papel de destaque hoje. Poucos estados têm a possibilidade de receber cassinos-resorts, mas essas cidades menores podem ter pequenos cassinos ou bingos. Essa discussão vai acontecer”, opinou o autor do livro.
Regulamentação
Minas Gerais não tem autonomia para regulamentar os jogos, isso cabe ao Congresso Nacional. Para Roberto Andrade, no entanto, é importante que essa discussão não fique restrita a Brasília. “O que queremos é contribuir para o debate, mas a regulamentação deve acontecer em nível federal”, admitiu o parlamentar.
Fonte: ALMG