Reunião conjunta de comissões da ALMG pretende avaliar perspectivas do Expominas e Minascentro para futuro do turismo.
Debater a falta de interesse na licitação de concessão do Expominas e do Minascentro e, ainda, o fechamento deste último em breve para reforma. Esse é o objetivo da audiência pública conjunta que as Comissões de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizam nesta sexta-feira (15/9/17), a partir das 14 horas, no Plenarinho I.
Os dois espaços são tradicionais para a realização de convenções, feiras e outros eventos. A atividade atende a requerimento dos deputados Roberto Andrade (PSB), presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico; Antonio Carlos Arantes (PSDB); e Fred Costa (PEN), vice-presidente da Comissão de Assuntos Municipais.
Segundo Roberto Andrade, a audiência é importante para viabilizar novas formas de fomentar o turismo no Estado, sobretudo na Capital, objetivo da concessão. “Os promotores e empresários do setor hoteleiro querem ver a finalização desse processo porque veem na concessão desses espaços e sua modernização um incentivo à realização de mais eventos em Belo Horizonte”, explica.
Entre os convidados para o debate estão secretários de Estado; o diretor-presidente da Codemig, Marco Antônio Soares da Cunha Castello Branco; o superintendente do Minascentro, José Eustáquio Ribeiro de Oliveira; e dirigentes empresariais, principalmente do setor de turismo, serviços e comércio.
Histórico – O edital para concessão do Expominas e do Minascentro foi lançado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), responsável pelos dois espaços.
Entretanto, na data marcada para licitação, no último dia 2 de agosto, a concessão foi considerada “deserta” em virtude da ausência de interessados. Em janeiro deste ano, tentativa semelhante envolvendo apenas o Minascentro também foi frustrada, daí a opção por uma licitação conjunta.
Sem interessados nos espaços, a Codemig anunciou que vai investir diretamente em obras de reforma e modernização do Minascentro. Serão realizadas intervenções no sistema hidráulico, de energia e de ar-condicionado, bem como no telhado, a partir de janeiro de 2018. O processo licitatório das obras está em fase de estudo.
Licitação – O edital para a chamada concessão onerosa do Minascentro e do Expominas, por uma única empresa ou consórcio, previa ações de manutenção e modernização. O vencedor ficaria responsável pela operação econômica dos bens, com destinação vinculada à promoção de eventos, além de arcar com os encargos relacionados à realização de investimentos e obras, por exemplo.
Só no Minascentro, o investimento mínimo obrigatório seria de R$ 15 milhões, executados em até dois anos. O período de concessão dos bens seria de 35 anos, renovável uma vez, por igual período.
Ao lançar os editais, o Executivo justificou que não se tratava de privatização dos bens, apenas de concessão de uso para gestão dos espaços. Essa ação foi considerada importante para potencializar o dinamismo dos negócios, ampliar o mercado e os públicos-alvo e valorizar a eficiência na prestação dos serviços à população, além de contribuir para maior projeção de BH e Minas no cenário de eventos.
Atividades do Minascentro serão suspensas durante obras
Inaugurado em 1984 no Centro de BH, o Centro de Convenções Israel Pinheiro da Silva, mais conhecido como Minascentro, é tombado pelo Patrimônio Histórico. Em função dessas obras emergenciais, as atividades do local serão temporariamente suspensas.
Os eventos agendados entre outubro e dezembro de 2017 devem ser realocados, sem quaisquer custos adicionais para os organizadores, para o Expominas ou outros locais.
Após a reforma, estarão disponíveis para a locação o Auditório e o Foyer do Minascentro. A destinação dos demais espaços está sendo analisada pela direção da Codemig em virtude de supostos prejuízos acumulados ao longo dos últimos anos.
Expominas – O Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova, mais conhecido como Expominas, está situado na região da Gameleira, na Capital, e tem 72 mil metros quadrados de área construída.
Ele foi erguido em duas etapas, a primeira em 1998, e a segunda, a partir de 2003, com sua reinauguração em fevereiro de 2006, quando se consolidou no maior centro de convenções de Minas Gerais, estando entre os três principais do Brasil, ao lado do Anhembi (São Paulo) e do Riocentro (Rio de Janeiro).
Seus 26 mil metros quadrados de área útil podem receber feiras, exposições e eventos simultâneos, reunindo em seus pavilhões integrados um público de até 45 mil pessoas, dispondo ainda de estacionamento para 2.230 vagas.
Fonte: ALMG