Na última quinta-feira (9), o deputado Roberto Andrade esteve com autoridades do Vale do Piranga na sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Belo Horizonte, para pedir a inclusão de Ponte Nova no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Samarco, relativo à tragédia de Mariana em 2015. Se o pedido for atendido, o município receberá um aporte de R$ 16 milhões para aplicar em saneamento básico.
Na reunião com o juiz federal Mário de Paula Franco Júnior, as autoridades reclamaram que Ponte Nova, apesar de ter sido diretamente atingida pelo rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Gonçalves, não foi incluída na área de abrangência socioeconômica dos municípios afetados pelo desastre, o que exclui a cidade de receber recursos da empresa para reparar os danos decorrentes.
Levantamento feito pela assessoria do deputado Roberto Andrade constatou que Ponte Nova teve “inúmeros prejuízos em decorrência do desastre de Mariana, sobretudo na agricultura, na pecuária, no setor industrial e na manutenção de emprego e renda”. O rompimento da barragem afetou os rios Carmo e Piranga, que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Doce, atingida pela lama.
O deputado Roberto Andrade disse ser justo o pleito das autoridades pontenovenses, uma vez que a população do município, bem como as de cidades vizinhas, teve “prejuízos irreversíveis” com o episódio. “Ponte Nova precisa ser contemplada nas ações e programas de reparação das regiões afetadas pelo rompimento da barragem, para que o município não seja duplamente penalizado. Primeiro, pelas consequências da tragédia e, segundo, por ser impedido de receber os recursos”, declarou. Ainda no entender do parlamentar, a Samarco precisa ser “mais rápida e eficiente na compensação dos prejuízos causados em todo o estado”.
A reunião foi articulada pela Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Piranga (Amapi). Representando Ponte Nova, estiveram o prefeito Wagner Mol, o vereador Leo Moreira (presidente da Câmara) e o secretário de governo, Fernando Andrade. Também participaram do encontro os prefeitos José Antônio Delgado (Oratórios), Duarte Viana (Mariana) e Silvério da Luz (Rio Doce) e o secretário executivo da Amapi, José Adalberto de Rezende.
A tragédia em Mariana é considerada a maior catástrofe ambiental do Brasil, com impactos sociais e econômicos sem precedentes. Na ocasião, 18 pessoas morreram e um funcionário da Samarco jamais foi encontrado.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Roberto Andrade